Conheça neste blog a Beata Maria Felícia de Jesus Sacramentado, Chiquitunga. Em cada página você poderá adentrar-se em pormenores de sua história e ficar identificado com ela. Convide Chiquitunga para entrar em sua vida. Maravilhas têm acontecido com aqueles que travaram amizade com esta jovem enamorada de Jesus Cristo, que conduz para o seu Amado, com seu exemplo e ternura todos aqueles que dela se aproximam!
Fique por dentro!
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terça-feira, 23 de dezembro de 2014
quinta-feira, 2 de outubro de 2014
Reunião Mensal
Os Amigos de Chiquitunga tiveram a reunião do mês de Setembro no dia 27. A meditação do dia teve como título "Aprendendo com Chiquitunga o significado da celebração Eucarística"
Confira algumas fotos
Confira algumas fotos
segunda-feira, 8 de setembro de 2014
Boletim de Chiquitunga
A todos os amigos e simpatizantes de Chiquitunga, comunicamos que já saiu "Chiquitunga" o primeiro Boletim Informativo em português de nossa carmelita, contendo uma rica biografia, testemunhos e informações. Quem quiser receber, entre em contato conosco.
Reunião do Grupo Amigos de Chiquitunga
Sábado 30 de Agosto, tivemos a terceira reunião do grupo Amigos de Chiquitunga. Meditação, partilha, planejamentos. Chiquitunga está fazendo maravilhas por onde passa!
terça-feira, 12 de agosto de 2014
Uma vida, um estilo uma mensagem
A família Guggiari-Echeverria
O lar de Chiquitunga foi constituído por Dom Ramon Guggiari
Cañete e Dona Arminda Mª Echeverria Arias; aos 15 de Maio de 1924 realizaram
seu casamento na igreja paroquial de Villarrica.
O juízo de seus filhos sobre cada um e sobre ambos como casal é muito positivo.
Dizem de Dom Ramon que "[era] bom trabalhador, educado na escola da
honestidade, a responsabilidade e o amor ao lar".
De Dona Arminda dizem: "nossa mãe acompanhou sempre a
meu pai e era a base da qual mamávamos todas as virtudes". "Com seus
cuidados e desvelos, fez que todos pudéssemos crescer e estudar ". E dos
dois falam com prazer: "A conduta moral de nossos pais era irrepreensível;
não existia nenhum perigo de quebras".
Os filhos
Maria Felicia (Chiquitunga), nascida aos 12 de Janeiro de
1925 e falecida aos 28 de abril de 1959; Maria Teresa ("Mañica"),
nascida aos 20 de fevereiro de 1926 e falecida aos 07 de janeiro de 1959;
Federico Ramon ("Freddy"), aos 21 de maio de 1927; Maria Cristina
("Mireya"), aos 15 de dezembro de 1931; Maria Madalena
("Karitina"), aos 07 de março
de 1933; Maria Antônia ("Magali"), aos 15 de maio de 1935; e, por
fim, 13 anos depois, chegou Maria Clotilde Intiyan ("Amaru" ou, como
a chamou pela primeira forma de Maria Felicia, "Hamaruth").
Chiquitunga foi a primeira: nasceu aos 12 de janeiro de
1925. Não temos mais detalhes, fora de um dado peculiar transmitido oralmente:
Uma tia que foi para seu nascimento, falou ao nascer: "Abramos todas as
janelas, porque esta menina é iluminada; porque transmitia paz, luz".
Deram o nome de "Maria Felicia", como sua avo
materna. Era pequenina, e o seu pai lhe deu o apelido de "Chiquitunga".
E pegou o nome de Chiquitunga!
O Batismo de Mª
Felicia
Desconhecemos as causas, mas o sacramento da regeneração foi
adiado até que a menina tivesse três anos já bem completos, aos 08 de fevereiro
de 1928, quando já estavam alegrando a família os dois irmãozinhos seguintes:
"Mañica" e "Freddy"..., que já contava oito meses. Os três
foram batizados no mesmo dia. Os batizou o Padre Daniel Escurra e foram
padrinhos Luis Ruffinelli e Maria Assunção Guggiari.
terça-feira, 15 de julho de 2014
terça-feira, 17 de junho de 2014
O SORRISO de Chiquitunga
Nos lábios da Venerável floresceu um permanente sorriso "conquistador”, mas ingênuo, simples,
humilde, que cativava e nos segue cativando...
Um dia antes de sua entrada no
Carmelo, tirou duas fotografias. Nunca, após a adolescência, ela tinha tirado
uma única foto. Mas antes de separar-se dos seus para sempre não podia negar-se,
e tiraram uma foto com seu cabelo amarrado, como de costume, e seu sorriso
maravilhoso "transcendente"...
Mas não seria a última vez, porque
o seu pai de imediato lhe pediu que deixasse tirar outra foto com seu lindo
cabelo solto... Não! Eu nunca fui assim... Mas o pai insistiu: "Vai ser só
para mim." E Chiquitunga, para agradar o pai, foi fotografada pela segunda
vez. Seu sorriso parecia dizer com uma certa graça: "Finalmente, meu pai, conseguiu".
Há testemunhos que expressam
admiravelmente o que todos nós sentimos diante dessas fotografias.
Uma
antiga colega nos fala: “Não quero deixar de mencionar o efeito celestial que
tinha em mim o seu olhar; que não se detinha nos objetos, senão que parecia transcender
a matéria e projetar-se para uma dimensão além do mundo material”.
Já
no quinto aniversario da morte da Venerável, num programa de rádio
recordava-se: “…O seu olhar era de um mais além indefinível, como se os olhos
corporais transcendessem e fossem para o alto; e seu inseparável sorriso,
consolo e sustento de todos os débeis que passamos ao seu lado”.
terça-feira, 10 de junho de 2014
domingo, 1 de junho de 2014
Primeira reunião do grupo "Amigos de Chiquitunga"
Sábado 31 de Maio, dia da Festa da Visitação de Maria a sua prima S. Isabel fizemos a inauguração formal do grupo "Amigos de Chiquitunga". Reunimo-nos no locutório do Carmelo, às 16 hs. Fizemos a leitura dos compromissos que cada membro do grupo assume para com a Causa da Beatificação da Venerável Ir. Maria Felícia de Jesus Sacramentado, e propomos as atividades que serão realizadas para tornar cada vez mais conhecida esta carmelita paraguaia em nosso país.
A continuação transcrevemos os compromissos do grupo:
A continuação transcrevemos os compromissos do grupo:
GRUPO “AMIGOS DE CHIQUITUNGA”
1º) A finalidade principal dos Amigos de Chiquitunga será trabalhar, de
diferentes maneiras, para conseguir do Senhor o mais pronto possível a graça,
sem dúvida extraordinária para nossa Igreja e povo, da Beatificação e
Canonização da Venerável, Ir. Maria Felícia de Jesus Sacramentado, Carmelita Descalça.
2º) Com essa intenção, os “Amigos de Chiquitunga” realizarão as
seguintes atividades:
-
Propagar,
entre o povo de Deus o conhecimento da pessoa, vida e virtudes da Venerável,
difundindo sua biografia e escritos, e promovendo a devoção a ela com
santinhos, relíquias e outros objetos piedosos.
-
Difundir o
Boletim da Causa, que tem como título “CHIQUITUNGA”
-
Informar
as Irmãs Carmelitas (Fone -55- 3312-1704)
sobre qualquer notícia que cheguem a ter relativa à Venerável: graças
alcançadas por sua intercessão, iniciativas que se organizem em favor da causa,
etc.
-
Coletar
fundos para os gastos (que serão grandes) do Processo de Beatificação e
Canonização.
3º) Os “Amigos de Chiquitunga” assumem ademais estes compromissos:
-
Viver de
verdade sua condição de cristãos, para que o testemunho de Chiquitunga como
leiga comprometida seja cada dia mais conhecido e estimado;
-
Participar
na santa Missa que se celebrará todos os dias 28 de cada mês, às 17.00 horas, na
capela das Irmãs Carmelitas Descalças (Rua José Bonifácio, 400. Bairro
Oliveira) como lembrança do dia da morte da Venerável e nas intenções dos
“Amigos de Chiquitunga”;
-
Rezar
todos os dias a oração por sua Beatificação e Canonização;
-
Colaborar
com os gastos da Causa com o aporte econômico que cada um determinará segundo
as suas possibilidades.
4º) Como gesto de fraternidade e gratidão, a
comunidade das Irmãs Carmelitas terão muito presente em suas orações e
sacrifícios aos “Amigos de Chiquitunga”.
5º) Quem quiser pertencer ao grupo “Amigos de Chiquitunga”
deve entrar em contato com Ir. Milagros, da comunidade do Carmelo Sagrado
Coração de Jesus, em Santo Ângelo.
quinta-feira, 29 de maio de 2014
sexta-feira, 23 de maio de 2014
Boas Notícias!
Um suposto milagre atribuído a Chiquitunga está sendo analisado. Pedimos a todos os amigos dela muita oração para que os resultados possam ser favoráveis. Permaneçamos em sintonia de oração.
segunda-feira, 19 de maio de 2014
Maria e Chiquitunga
Uma só é Maria, porém os raios
de sua luz se refletem de maneira diferente iluminando os diferentes atributos
da Senhora, por que esses raios estão condicionados pelas diferentes circunstâncias
de idade, família, ambiente, profissão, sociedade, momento histórico, etc. Por
isso Maria entra na alma e a vida de Chiquitunga em três momentos de sua vida
muito diferentes, de modo que três são as invocações principais que conheceu e
venerou ao longo de sua vida: “Mª. Auxiliadora”, a “Virgem Imaculada de
Caacupé” e a “Virgem do Carmo”.
Vida
mariana de Chiquitunga em Villarrica
“Maria Auxiliadora” foi a
“Virgem” da infância e juventude de Chiquitunga.
Aprendeu a conhecê-la e amá-la
com amor de filha, de lábios das boas Irmãs Salesianas de seu Colégio. “Era
mui devota de Mª. Auxiliadora” recorda uma antiga companheira.
É fácil imaginá-la escutando
atenta as explicações catequéticas sobre a Santíssima Virgem, com base nas lembranças
cheias de vida y graça daquele grande devoto de Maria que foi Dom Bosco. Certamente
ouviu das irmãs as palavras que Dom Bosco pronunciou quando falou pela primeira
vez (1860) de “Maria Auxiliadora”: “A mesma Santíssima Virgem quer que a
honremos com o titulo ou invocação de Maria Auxiliadora’: os tempos que correm
são tão tristes que temos verdadeira necessidade de que a Santíssima Virgem nos
ajude a conservar e defender a fé cristã.
Quão fundo calou aquilo em seu coraçãozinho, que percebia já o contraste entre as
maravilhas do cristianismo que aprendia no Colégio e a realidade de um mundo
que enxergava frio e indiferente frente a elas.
E logo estavam certos dias a
reza em coro do Santo Rosário, e as procissões com a imagem de Maria; y as
representações na varanda - cenário do pátio primitivo. A menina olhava para a
Virgem “Auxiliadora”, e a via tão linda com as cores azul e rosa em seu
vestido. ¡Mui pronto tomou essas cores para as fitas das duas tranças do seu cabelo!
Conta-nos outra colega: “Certo dia lhe perguntou: `Chiqui, por que usas quase sempre
duas cores de fitas? `. E ela no mesmo instante me contesta com essa
simplicidade costumeira: `Porque são as cores do hábito da
Virgem [Maria Auxiliadora]`. ¡Um detalhe “mariano” que usou de por vida!
Todos os anos, ao chegar o mês
de maio, escutava durante nove dias essas palavras inspiradas de Dom Bosco sobre
diferentes temas da vida cristã iluminados pela figura maternal da Virgem. Esses
temas ficaram gravados profundamente para sempre em seu coração.
Aprendeu a confiança filial em
Mª. Auxiliadora; o oferecimento a ela de suas mais formosas flores com o cumprimento
exato dos deveres; a fidelidade a Jesus e Maria em meio a um mundo afastado de
Deus; a prática em honra de Maria da confecção freqüente e sinceramente
contrita; a freqüência da Comunhão a exemplo de Maria, modelo de vida eucarística;
a participação diária no Sacrifício do Calvário renovado na santa Missa, em união
com Maria ao pé da Cruz; a visita diária ao Sacrário, a gozar, como Maria em
Nazaré, da companhia de Jesus y das delícias antecipadas do Paraíso; enfim, a
esperança “dos doces consolos concedidos na hora da morte aos fiéis devotos
de Maria”.
Na realidade, Chiquitunga
encontrou no Oratório Festivo Salesiano do seu Colégio um ambiente
coletivo propício para o crescimento de seu amor alegre a Jesus e a Maria. Tão em seu ambiente sentia-se Chiquitunga
ali, que surgiu na mocinha a ideia de ser também ela salesiana, e um dia disse para
a mãe que queria ser Filha de Maria Auxiliadora. Para que! A
reação de dona Arminda foi imediata; falou de tira-la do Colégio:
“Estas monjas estão mistificando minha filha; vou tira-la daí”. Porém…
não o fez!
Imbuída nessa espiritualidade
mariana, vivia sua vida cristã leiga complexa, entregada a Jesus pelos
sacramentos e à Igreja por seu fervoroso apostolado, com os olhos sempre em
Jesus e em Maria, com seu vestuário invariável: o guarda pó branco, símbolo de
seu amor puro a Jesus y as fitas azul y rosa de suas duas tranças, símbolo de
sua pertença a “Maria Auxiliadora”.
Começava sua jornada na escola
Normal desta maneira: Madrugava para ouvir Missa y Comungar, y agora sentada já
em sua classe, encabeçava diariamente a página em branco de seu caderno com uma
aspiração, invocação ou jaculatória a Jesus ou a Maria. Um dia, escreve:
“¡Mãe da pureza, ajuda-nos!”; outros dias invoca: “¡Mãe de misericórdia,
não nos abandones!”; “¡Minha Mãe, ilumina-nos!”; “Maria, me entrego a Ti sem
reserva” etc. etc., prodigando aqui e acolá sua sigla predileta: “T2OS” = Tudo te ofereço, Senhor.
quarta-feira, 7 de maio de 2014
Chiquitunga em Roma
Assistam ao vídeo da Celebração Eucarística celebrada no dia 28 de Abril, data em que comemorou-se os 55 anos da passagem de Chiquitunga ao céu.
A Celebração aconteceu na capela da Casa Geral. Estiveram presente o presidente e o embaixador do Paraguai, juntamente com outros bispos concelebrantes
https://www.youtube.com/watch?v=dEkdCdz-vhs
A Celebração aconteceu na capela da Casa Geral. Estiveram presente o presidente e o embaixador do Paraguai, juntamente com outros bispos concelebrantes
https://www.youtube.com/watch?v=dEkdCdz-vhs
segunda-feira, 28 de abril de 2014
Testemunho de uma graça alcançada
Um amigo de nossa comunidade, o Sr. Pedro Durigan, compartilha conosco o testemunho de sua cura por intercessão da Venerável. Em Dezembro de 2013, fizemos a viagem ao Paraguai para agradecer à Venerável a sua intercessão. O relato da viagem e algumas fotos podem ser encontrados na postagem anterior.
O Sr. Pedro, nosso amigo |
No final
do mês de fevereiro deste ano, quando estava trabalhando na cidade de
Uruguaiana-RS, senti fortes dores abdominais e cólicas intestinal, além de
sentir fraqueza e perda de peso de um quilo por dia na última semana.
Consultei
um clínico geral e este pediu vários exames cujos resultados diagnosticaram
complicações em vários órgãos. Foi recomendado pelo mesmo médico, que fizesse
um exame de colonoscopia para melhor diagnóstico.
No dia 05
de março eu fiz o exame na cidade de Santo Ângelo/RS, com coleta de material e encaminhado
para biopsia.
No dia 08
de março o Laudo Histopatológico diagnosticou que eu estava com Neoplasia
Maligna (câncer), originada por um Linfoma difuso de grandes células B.
Fiz a
opção para o tratamento médico na cidade de Curitiba em razão de meus
familiares residirem nas cidades de
Campo Largo e Curitiba-PR.
No dia 09
de março, um dia após ter recebido a notícia que estava com Neoplasia Maligna,
fui a Missa na Capela das Irmãs Carmelitas em Santo Ângelo/RS. Em razão da proximidade,
do respeito e amizade que minha família
desfruta com as Irmãs do Carmelo, pedi apoio e orações para as Irmãs Carmelitas
e aos meus amigos que estavam presentes. A Uma das irmãs, muito devota da Venerável Maria Felícia de Jesus Sacramentado – Carmelita Descalça, me orientou que
eu rezasse pedindo a intercessão da Serva de Deus Maria Felícia, para obter a minha
cura e recuperação da saúde. Sei que as Irmãs do Carmelo de Santo Ângelo
fizeram novena e orações nesta intenção.
Atendendo a orientação da irmã, a
minha família também fez orações e novena para que a Venerável Maria Felícia
de Jesus Sacramentado intercedesse por mim.
Nos dias
11 a 22 de março, período que antecedeu a cirurgia, durante as orações e novena
que fazia, pedi à Venerável Maria Felícia a sua ajuda para a cura da doença e caso não fosse possível
curar-me sem a cirurgia, que ela juntasse todas as células cancerosas em um só bloco, possibilitando a
retirada por completo da doença.
Após
vários exames, no dia 22 de março, fiz de emergência uma delicada e perigosa cirurgia,
onde foram retiradas partes de cinco órgãos, todos comprometidos com a doença. Na cirurgia
perdi o baço, a cauda do pâncreas, um terço do estômago, 30 centímetros do
intestino e parte do diafragma, que estavam todos agrupados em um bloco de 31 x
24 centímetros.
Conforme
o meu pedido que fiz à Venerável Maria Felícia, as células cancerosas
estavam todas aglutinadas e unidas,
possibilitando a retirada em um só bloco.
Graças a Serva de Deus Maria de Jesus
Sacramentado – Carmelita descalça, que pedi intercessão, hoje estou curado.
Irei,
assim que puder, fazer uma visita ao túmulo da Venerável Maria Felícia, para
agradecer pela sua intercessão e pela graça de ter novamente saúde e estar
curado da doença. Em reconhecimento às Irmãs Carmelitas de Santo Ângelo, pela orações e novenas que fizeram nesta intenção, pretendo convidar algumas das irmãs Carmelitas que quiserem me acompanhar, para juntos agradecermos a
graça recebida.
sexta-feira, 25 de abril de 2014
Relato de uma visita inesquecível
Se alguns ainda não a conhecem, logo que conhecerem pelo
menos alguns aspectos da vida desta jovem carmelita não poderão menos que
gostar dela.
Eu a conheci e gostei tanto, não tem como não se sentir
tocado, não tem como não se encontrar e identificar com algum aspecto da sua
personalidade. Ela é tão atual, seus conflitos revelam a face de uma jovem
apaixonada por Jesus, mas que também conheceu o amor humano e soube vive-lo.
Eis uns poucos dados, que partilho com vocês queridos
leitores, com o intuito de não guardar para mim aquilo que me fez tanto bem,
desejo que ela os cative também, e lhes revele o rosto de Deus e as exigências
do amor verdadeiro.
Maria Felícia Guggiari nasceu no Paraguai em 1925. Ela é a
primogênita de 7 irmãos, com os quais sempre teve um bom relacionamento, todos
muito unidos e amigos. Destes 7 ainda vivem 4 irmãs, cujas fotos estão
colocadas mais abaixo.
Ela é familiarmente conhecida pelo apelido de
"Chiquitunga", o qual desde criança o pai lhe deu devido ao seu
tamanho, pois era miudinha.
De sua infância recolhemos uma lembrança que sua mãe Dona
Arminda sempre guardou na memória: "Um dia de muito frio, Chiquitunga
voltou da escola tremendo de frio porque tinha dado seu agasalho (um sobretudo
dado pelo pai) a uma menina pobre. Sua mana denunciou-a aos pais, e às
repreensões do pai ela respondia 'vês paizinho, que não sinto frio! Repetia,
passando as mãozinhas pelo braço nu e tiritante"
Aos 16 anos ingressou
na Ação Católica, onde com empenho dedicou-se à propagação do Evangelho, não
somente com palavras, mas principalmente por atos no serviço aos mais
necessitados. Sua vida está repleta de gestos que transparecem sua intensa
intimidade com Deus cultivada na oração e na Eucaristia, como por exemplo o
fato de percorrer de bicicleta toda a cidade de Assunção, com um pequeno
mapinha, para ir ao encontro dos irmãos, visitando-os em suas casas, fazendo-se
tudo para todos, a fim de conquistá-los para Cristo. Ela conversava com eles
acerca de suas preocupações, seus anseios, os escutava, os aconselhava, era
muito simples, conseguia chegar ao coração. Sempre vestindo um guarda-pó
branco, para se sentir mais próxima de seu povo, o sorriso na flor da pele, as
tranças entrelaçadas com fita azul, o jasmín colocado na altura do peito...
Na Ação Católica encontrou um ideal e um objetivo que
orientou toda a sua vida, ali fez também a sua consagração ao apostolado,
assumindo vários cargos, entre os operários e operárias, entre os jovens
universitários e operários, entre as crianças,
idosos, doentes... a vemos atuando em tudo o que possa render mais tarde
frutos de cristianismo, por isso procurava sempre novos campos de trabalho, ela tinha o desejo de estar toda inteira em
todos os lugares.
Dormia muito pouco, devido a que tinha também que dar conta
do seu trabalho e dos estudos, pois formou-se professora e como tal trabalhava.
Em altas horas da noite a casa toda dormia, mas ela continuava escrevendo ou
rezando. Como estudante permanecia durante a noite preparando, à luz de uma
velinha, as aulas de prática de suas companheiras.
O irmão "Freddy" (agora falecido) contava uma
anedota: Voltando ele da faculdade a encontrava rezando com os braços em cruz.
E como eram muito amigos os dois, ele para brincar ia tirando a gravata, e a
colocava pendurada em um dos braços da mana, logo o cassaco, depois a camisa.
Ela sorria e dirigia-lhe um olhar tão doce, como perguntando: Tu me fazes isto?
Maria Felícia, a apóstola por excelência, se encontra com um
jovem dirigente da AC com quem comparte o mesmo ideal: Angel Sauá; juntos
trabalham, se apoiam mutuamente no apostolado, percorrem os bairros mais
pobres, assistem os irmãos. O natural teria sido que dita relação terminasse em
matrimônio, porém não foi assim. Em um ato de heroísmo sem par se separam
empreendendo ele o caminho do sacerdócio e ela o da vida religiosa. Em seu
diário ela escrevia: "Muitas vezes tinha concebido isto que agora, Senhor,
é maravilhosa realidade: que lindo seria ter um amor e juntos imolá-lo ao
Senhor em prol do ideal".
Sua maturidade é tão grande que numa das cartas escritas a
Sauá, após uma jornada de serviço aos irmãos e que culminou com a chegada de
ambos ao hospital para doar sangue a uma anciã, ela confessa "o nosso
sangue, que podia unir-se no corpo de um filho, se uniu hoje no corpo de um
pobre..."
Em seu desejo de viver o seu lema "tudo te ofereço,
Senhor" se pergunta onde seria o lugar dessa entrega total.
Mas o Senhor é o seu guia, e é Ele que conduz os passos de
seus filhos conforme sua vontade. Ele levou-a a encontrar-se com a priora do
Carmelo de Assunção, Madre Teresa Margarida que estava hospitalizada.
Chiquitunga encontrou nela uma verdadeira mãe, que a ajudou no difícil processo
de imolar o seu amor e também a guiou no momento de dúvidas que estava vivendo.
E é esta monja que aprendeu a conhece-la, que ouviu os seus segredos, os
reveses de sua alma, as suas angustias, mas também presenciou os momentos de alegria,
conheceu a heroicidade de seu coração generoso e maravilhosamente humano.
No mês de janeiro saiu de um retiro, decidida a entregar-se
inteiramente a Deus como Carmelita Descalça, contudo pela frente tinha uma
dolorosa batalha, pois a tarefa de convencer o pai não foi fácil, e embora
sendo maior de idade o respeito por ele era tão grande, que não queria tomar
uma resolução sem o seu consentimento.
Superados com a graça de Deus todos os obstáculos, ingressou
no Carmelo no dia 2 de fevereiro. A Madre Teresa Margarida resumiu em poucas
palavras a atitude de Maria Felícia desde o principio de sua vida religiosa:
"grande espírito de sacrifício, caridade, generosidade, todo envolvido em
grande mansidão e comunicativa alegria, sempre vivaz e brincalhona".
Antes da toma de hábito uma nova prova invade a sua alma;
questiona-se se seria vontade de Deus que ela se encerra-se toda a vida,
havendo tanta necessidade de evangelização no mundo. Uma vez conhecida a
vontade de Deus, vestiu o hábito e começou o noviciado com alegria. Fez sua
profissão temporária no ano seguinte, em 15 de Agosto de 1956.
3 anos mais tarde, no dia do enterro de sua irmã querida
"Mañica", que faleceu devido a uma hepatite, a família toda fica
sabendo que a filha religiosa foi acometida do mesmo mal. Logo de examiná-la o
mano médico, o Freddy, declarou a urgente necessidade de que fosse
hospitalizada. Isto em janeiro de 1959.
Começa a Quaresma, o mal cedeu aparentemente e pôde
reintegrar-se a sua querida comunidade, porém poucos dias depois, após uma nova
revisão lhe diagnosticaram "púrpura" e foi novamente hospitalizada.
Permaneceu no hospital até o dia de sua morte. estar longe
de seu convento representava para ela uma grande mortificação. contudo, viveu
seus últimos dias em total abandono à vontade de Deus. Antes de entregar seu
espírito a Deus pede que lhe leiam um poema de S. Teresa "Morro porque não
morro".
Dirige-se a seu pai, pois toda a família está junto de seu
leito, e lhe diz: 'paizinho querido, sou a pessoa mais feliz do mundo! Se soubesses
o que é a religião Católica", e acrescenta, sem apagar-se o sorriso de
seus lábios: "Jesus, te amo! Que doce encontro! Virgem Maria".
Dirigiu umas palavras de consolo aos seus familiares, entre
eles ao Freddy, que a estava tratando como médico e entregou sua alma ao
Criador.
Todos estes testemunhos pudemos ouvi-lo 3 irmãs deste nosso
Carmelo, a viva voz, por parte de 3 irmãs de sangue da venerável que moram em
Assunção e também por parte das monjas do Carmelo de Assunção. Ir. Paula, Ir.
Ivone e eu (Ir. Milagros) tivemos a graça de visitar o Carmelo de Chiquitunga,
conhecer Ir. Ana Maria, a colega de noviciado da Venerável e a única que ainda
sobrevive da geração que com ela conviveu. Tivemos a imensa graça de rezar
junto ao seu túmulo e ver as relíquias de Maria Felícia, entre elas o cérebro
que se conserva incorrupto, os seus escritos, desenhos, cartas... Tivemos a
grande graça de conhecer e conversar com Karitina, Magalí e Amarú, as 3 irmãs
de Chiquitunga que moram no Paraguai (Mireya mora em Argentina).
Queremos agradecer aqui a acolhida de nossas queridas irmãs do Carmelo de Assunção, muito carinhosas e acolhedoras. Agradecer também as irmãs da Venerável, que se deslocaram até o Carmelo para que pudéssemos conhece-las e falar com elas.
Nossa pequena caravana foi pagar uma promessa. O Sr. Pedro,
nosso amigo que estava com um grave câncer, pediu a intercessão da Venerável
Maria Felícia para poder ser curado de sua doença, e vendo-se curado ele quis
ir agradecer.
Eis algumas fotos de nossa viagem, toda uma travessia. Em 12
horas estivemos em 3 países, Brasil, Argentina e Paraguai.
Atravessando o rio Uruguai |
Comunidade atual do Carmelo de Assunção, e nós três deste Carmelo de S. Ângelo |
No locutorio com as irmãs de Chiquitunga |
quarta-feira, 23 de abril de 2014
Desafio
Convidamos você, que está lendo esta página, a conhecer Chiquitunga. Nas páginas acima poderá mergulhar de cheio na vida dela. Uma certeza temos, será impossível permanecer indiferente perante a candura, a alegria, a vitalidade desta jovem, Maria Felicia, uma militante de Ação Católica que desfraldou a bandeira do amor e, no Carmelo completou a sua imolação.
Seja amigo dela, convide-a para entrar em seu coração, em sua casa, em sua família e verá maravilhas. Depois, envie-nos seu testemunho!
Seja amigo dela, convide-a para entrar em seu coração, em sua casa, em sua família e verá maravilhas. Depois, envie-nos seu testemunho!