Com muito amor e alegria, nós, Vanessa Miranda e Rejane Maria Bohnert, assumimos a tarefa de promover no Brasil a causa para a Canonização de Chiquitunga. Entre em contato conosco para pedir maiores informações, enviar o seu testemunho ou manifestar o desejo de colaborar conosco para juntos trabalharmos na divulgação da vida desta mulher que tanto amou.
E-mail: chiquitungaocd@gmail.com

Fragmentos dos Diários Íntimos:

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Reunião Mensal

Os Amigos de Chiquitunga tiveram a reunião do mês de Setembro no dia 27. A meditação do dia teve como título "Aprendendo com Chiquitunga o significado da celebração Eucarística"
Confira algumas fotos




segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Boletim de Chiquitunga

A todos os amigos e simpatizantes de Chiquitunga, comunicamos que já saiu "Chiquitunga" o primeiro Boletim Informativo em português de nossa carmelita, contendo uma rica biografia, testemunhos e informações. Quem quiser receber, entre em contato conosco.


Reunião do Grupo Amigos de Chiquitunga

Sábado 30 de Agosto, tivemos a terceira reunião do grupo Amigos de Chiquitunga. Meditação, partilha, planejamentos. Chiquitunga está fazendo maravilhas por onde passa!







terça-feira, 12 de agosto de 2014

Uma vida, um estilo uma mensagem

A família  Guggiari-Echeverria

O lar de Chiquitunga foi constituído por Dom Ramon Guggiari Cañete e Dona Arminda Mª Echeverria Arias; aos 15 de Maio de 1924 realizaram seu casamento na igreja paroquial de Villarrica.
O juízo de seus filhos sobre cada um  e sobre ambos como casal é muito positivo. Dizem de Dom Ramon que "[era] bom trabalhador, educado na escola da honestidade, a responsabilidade e o amor ao lar".
De Dona Arminda dizem: "nossa mãe acompanhou sempre a meu pai e era a base da qual mamávamos todas as virtudes". "Com seus cuidados e desvelos, fez que todos pudéssemos crescer e estudar ". E dos dois falam com prazer: "A conduta moral de nossos pais era irrepreensível; não existia nenhum perigo de quebras".

Os filhos

Maria Felicia (Chiquitunga), nascida aos 12 de Janeiro de 1925 e falecida aos 28 de abril de 1959; Maria Teresa ("Mañica"), nascida aos 20 de fevereiro de 1926 e falecida aos 07 de janeiro de 1959; Federico Ramon ("Freddy"), aos 21 de maio de 1927; Maria Cristina ("Mireya"), aos 15 de dezembro de 1931; Maria Madalena ("Karitina"), aos 07  de março de 1933; Maria Antônia ("Magali"), aos 15 de maio de 1935; e, por fim, 13 anos depois, chegou Maria Clotilde Intiyan ("Amaru" ou, como a chamou pela primeira forma de Maria Felicia, "Hamaruth").
Chiquitunga foi a primeira: nasceu aos 12 de janeiro de 1925. Não temos mais detalhes, fora de um dado peculiar transmitido oralmente: Uma tia que foi para seu nascimento, falou ao nascer: "Abramos todas as janelas, porque esta menina é iluminada; porque transmitia paz, luz".
Deram o nome de "Maria Felicia", como sua avo materna. Era pequenina, e o seu pai lhe deu o apelido de "Chiquitunga". E pegou o nome de Chiquitunga!

O Batismo de Mª Felicia


Desconhecemos as causas, mas o sacramento da regeneração foi adiado até que a menina tivesse três anos já bem completos, aos 08 de fevereiro de 1928, quando já estavam alegrando a família os dois irmãozinhos seguintes: "Mañica" e "Freddy"..., que já contava oito meses. Os três foram batizados no mesmo dia. Os batizou o Padre Daniel Escurra e foram padrinhos Luis Ruffinelli e Maria Assunção Guggiari.

terça-feira, 17 de junho de 2014

O SORRISO de Chiquitunga


Nos lábios da Venerável floresceu um permanente sorriso "conquistador”, mas ingênuo, simples,
humilde, que cativava e nos segue cativando...
Um dia antes de sua entrada no Carmelo, tirou duas fotografias. Nunca, após a adolescência, ela tinha tirado uma única foto. Mas antes de separar-se dos seus para sempre não podia negar-se, e tiraram uma foto com seu cabelo amarrado, como de costume, e seu sorriso maravilhoso "transcendente"...
Mas não seria a última vez, porque o seu pai de imediato lhe pediu que deixasse tirar outra foto com seu lindo cabelo solto... Não! Eu nunca fui assim... Mas o pai insistiu: "Vai ser só para mim." E Chiquitunga, para agradar o pai, foi fotografada pela segunda vez. Seu sorriso parecia dizer com uma certa graça: "Finalmente, meu pai, conseguiu".
Há testemunhos que expressam admiravelmente o que todos nós sentimos diante dessas fotografias.
Uma antiga colega nos fala: “Não quero deixar de mencionar o efeito celestial que tinha em mim o seu olhar; que não se detinha nos objetos, senão que parecia transcender a matéria e projetar-se para uma dimensão além do mundo material”.

Já no quinto aniversario da morte da Venerável, num programa de rádio recordava-se: “…O seu olhar era de um mais além indefinível, como se os olhos corporais transcendessem e fossem para o alto; e seu inseparável sorriso, consolo e sustento de todos os débeis que passamos ao seu lado”.

domingo, 1 de junho de 2014

As fotos do grupo (Estão faltando alguns membros)

Da esquerda para a direita: Ir. Milagros, Fabiane, Patricia, Maria da Glória, Valtamar, Rosângela e Sônia

Josemar e Geni

Pedro e Neiva

Primeira reunião do grupo "Amigos de Chiquitunga"

Sábado 31 de Maio, dia da Festa da Visitação de Maria a sua prima S. Isabel fizemos a inauguração formal do grupo "Amigos de Chiquitunga". Reunimo-nos no locutório do Carmelo, às 16 hs. Fizemos a leitura dos compromissos que cada membro do grupo assume para com a Causa da Beatificação da Venerável Ir. Maria Felícia de Jesus Sacramentado, e propomos as atividades que serão realizadas para tornar cada vez mais conhecida esta carmelita paraguaia em nosso país.
A continuação transcrevemos os compromissos do grupo:

GRUPO “AMIGOS DE CHIQUITUNGA”

1º) A finalidade principal dos Amigos de Chiquitunga será trabalhar, de diferentes maneiras, para conseguir do Senhor o mais pronto possível a graça, sem dúvida extraordinária para nossa Igreja e povo, da Beatificação e Canonização da Venerável, Ir. Maria Felícia de Jesus Sacramentado, Carmelita Descalça.

2º) Com essa intenção, os “Amigos de Chiquitunga” realizarão as seguintes atividades:
-          Propagar, entre o povo de Deus o conhecimento da pessoa, vida e virtudes da Venerável, difundindo sua biografia e escritos, e promovendo a devoção a ela com santinhos, relíquias e outros objetos piedosos.
-          Difundir o Boletim da Causa, que tem como título “CHIQUITUNGA”
-          Informar as Irmãs Carmelitas (Fone -55- 3312-1704) sobre qualquer notícia que cheguem a ter relativa à Venerável: graças alcançadas por sua intercessão, iniciativas que se organizem em favor da causa, etc.
-          Coletar fundos para os gastos (que serão grandes) do Processo de Beatificação e Canonização.

3º) Os “Amigos de Chiquitunga” assumem ademais estes compromissos:
-          Viver de verdade sua condição de cristãos, para que o testemunho de Chiquitunga como leiga comprometida seja cada dia mais conhecido e estimado;
-          Participar na santa Missa que se celebrará todos os dias 28 de cada mês, às 17.00 horas, na capela das Irmãs Carmelitas Descalças (Rua José Bonifácio, 400. Bairro Oliveira) como lembrança do dia da morte da Venerável e nas intenções dos “Amigos de Chiquitunga”;
-          Rezar todos os dias a oração por sua Beatificação e Canonização;
-          Colaborar com os gastos da Causa com o aporte econômico que cada um determinará segundo as suas possibilidades.

4º) Como gesto de fraternidade e gratidão, a comunidade das Irmãs Carmelitas terão muito presente em suas orações e sacrifícios aos “Amigos de Chiquitunga”.


5º) Quem quiser pertencer ao grupo “Amigos de Chiquitunga” deve entrar em contato com Ir. Milagros, da comunidade do Carmelo Sagrado Coração de Jesus, em Santo Ângelo.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Boas Notícias!

Um suposto milagre atribuído a Chiquitunga está sendo analisado. Pedimos a todos os amigos dela muita oração para que os resultados possam ser favoráveis. Permaneçamos em sintonia de oração.


segunda-feira, 19 de maio de 2014

Maria e Chiquitunga

Uma só é Maria, porém os raios de sua luz se refletem de maneira diferente iluminando os diferentes atributos da Senhora, por que esses raios estão condicionados pelas diferentes circunstâncias de idade, família, ambiente, profissão, sociedade, momento histórico, etc. Por isso Maria entra na alma e a vida de Chiquitunga em três momentos de sua vida muito diferentes, de modo que três são as invocações principais que conheceu e venerou ao longo de sua vida: “Mª. Auxiliadora”, a “Virgem Imaculada de Caacupé” e a “Virgem do Carmo”.

Vida mariana de Chiquitunga em Villarrica



“Maria Auxiliadora” foi a “Virgem” da infância e juventude de Chiquitunga.
Aprendeu a conhecê-la e amá-la com amor de filha, de lábios das boas Irmãs Salesianas de seu Colégio. “Era mui devota de Mª. Auxiliadora” recorda uma antiga companheira.
É fácil imaginá-la escutando atenta as explicações catequéticas sobre a Santíssima Virgem, com base nas lembranças cheias de vida y graça daquele grande devoto de Maria que foi Dom Bosco. Certamente ouviu das irmãs as palavras que Dom Bosco pronunciou quando falou pela primeira vez (1860) de “Maria Auxiliadora”: “A mesma Santíssima Virgem quer que a honremos com o titulo ou invocação de Maria Auxiliadora’: os tempos que correm são tão tristes que temos verdadeira necessidade de que a Santíssima Virgem nos ajude a conservar e  defender a fé cristã. Quão fundo calou aquilo em seu coraçãozinho, que percebia já o contraste entre as maravilhas do cristianismo que aprendia no Colégio e a realidade de um mundo que enxergava frio e indiferente frente a elas.
E logo estavam certos dias a reza em coro do Santo Rosário, e as procissões com a imagem de Maria; y as representações na varanda - cenário do pátio primitivo. A menina olhava para a Virgem “Auxiliadora”, e a via tão linda com as cores azul e rosa em seu vestido. ¡Mui pronto tomou essas cores para as fitas das duas tranças do seu cabelo! Conta-nos outra colega: “Certo dia lhe perguntou: `Chiqui, por que usas quase sempre duas cores de fitas? `. E ela no mesmo instante me contesta com essa simplicidade costumeira: `Porque são as cores do hábito da Virgem [Maria Auxiliadora]`. ¡Um detalhe “mariano” que usou de por vida!
Todos os anos, ao chegar o mês de maio, escutava durante nove dias essas palavras inspiradas de Dom Bosco sobre diferentes temas da vida cristã iluminados pela figura maternal da Virgem. Esses temas ficaram gravados profundamente para sempre em seu coração.
Aprendeu a confiança filial em Mª. Auxiliadora; o oferecimento a ela de suas mais formosas flores com o cumprimento exato dos deveres; a fidelidade a Jesus e Maria em meio a um mundo afastado de Deus; a prática em honra de Maria da confecção freqüente e sinceramente contrita; a freqüência da Comunhão a exemplo de Maria, modelo de vida eucarística; a participação diária no Sacrifício do Calvário renovado na santa Missa, em união com Maria ao pé da Cruz; a visita diária ao Sacrário, a gozar, como Maria em Nazaré, da companhia de Jesus y das delícias antecipadas do Paraíso; enfim, a esperança “dos doces consolos concedidos na hora da morte aos fiéis devotos de Maria”.
Na realidade, Chiquitunga encontrou no Oratório Festivo Salesiano do seu Colégio um ambiente coletivo propício para o crescimento de seu amor alegre a Jesus e a Maria. Tão em seu ambiente sentia-se Chiquitunga ali, que surgiu na mocinha a ideia de ser também ela salesiana, e um dia disse para a mãe que queria ser Filha de Maria Auxiliadora. Para que! A reação de dona Arminda foi imediata; falou de tira-la do Colégio: “Estas monjas estão mistificando  minha filha; vou tira-la daí”. Porém… não o fez!
Imbuída nessa espiritualidade mariana, vivia sua vida cristã leiga complexa, entregada a Jesus pelos sacramentos e à Igreja por seu fervoroso apostolado, com os olhos sempre em Jesus e em Maria, com seu vestuário invariável: o guarda pó branco, símbolo de seu amor puro a Jesus y as fitas azul y rosa de suas duas tranças, símbolo de sua pertença a “Maria Auxiliadora”.

Começava sua jornada na escola Normal desta maneira: Madrugava para ouvir Missa y Comungar, y agora sentada já em sua classe, encabeçava diariamente a página em branco de seu caderno com uma aspiração, invocação ou jaculatória a Jesus ou a Maria. Um dia, escreve: “¡Mãe da pureza, ajuda-nos!”; outros dias invoca: “¡Mãe de misericórdia, não nos abandones!”; “¡Minha Mãe, ilumina-nos!”; “Maria, me entrego a Ti sem reserva” etc. etc., prodigando aqui e acolá sua sigla predileta: “T2OS” = Tudo te ofereço, Senhor.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Chiquitunga em Roma

Assistam ao vídeo da Celebração Eucarística celebrada no dia 28 de Abril, data em que comemorou-se os 55 anos da passagem de Chiquitunga ao céu.
A Celebração aconteceu na capela da Casa Geral. Estiveram presente o presidente e o embaixador do Paraguai, juntamente com outros bispos concelebrantes

https://www.youtube.com/watch?v=dEkdCdz-vhs

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Testemunho de uma graça alcançada

Um amigo de nossa comunidade, o Sr. Pedro Durigan, compartilha conosco o testemunho de sua cura por intercessão da Venerável. Em Dezembro de 2013, fizemos a viagem ao Paraguai para agradecer à Venerável a sua intercessão. O relato da viagem e algumas fotos podem ser encontrados na postagem anterior.


O Sr. Pedro, nosso amigo
No final do mês de fevereiro deste ano, quando estava trabalhando na cidade de Uruguaiana-RS, senti fortes dores abdominais e cólicas intestinal, além de sentir fraqueza e perda de peso de um quilo por dia na última semana.
Consultei um clínico geral e este pediu vários exames cujos resultados diagnosticaram complicações em vários órgãos. Foi recomendado pelo mesmo médico, que fizesse um exame de colonoscopia para melhor diagnóstico.
No dia 05 de março eu fiz o exame na cidade de Santo Ângelo/RS, com coleta de material e encaminhado para biopsia.
No dia 08 de março o Laudo Histopatológico diagnosticou que eu estava com Neoplasia Maligna (câncer), originada por um Linfoma difuso de grandes células B.
Fiz a opção para o tratamento médico na cidade de Curitiba em razão de meus familiares residirem nas cidades de  Campo Largo e  Curitiba-PR.
No dia 09 de março, um dia após ter recebido a notícia que estava com Neoplasia Maligna, fui a Missa na Capela das Irmãs Carmelitas em Santo Ângelo/RS. Em razão da proximidade,  do respeito e amizade que minha família desfruta com as Irmãs do Carmelo, pedi apoio e orações para as Irmãs Carmelitas e aos meus amigos que estavam presentes. A Uma das irmãs, muito devota da Venerável Maria Felícia de Jesus Sacramentado – Carmelita Descalça, me orientou que eu rezasse pedindo a intercessão da Serva de Deus Maria Felícia, para obter a minha cura e recuperação da saúde. Sei que as Irmãs do Carmelo de Santo Ângelo fizeram novena e orações nesta intenção.
 Atendendo a orientação da irmã, a minha família também fez orações e novena para que a Venerável Maria Felícia de Jesus Sacramentado intercedesse por mim.
Nos dias 11 a 22 de março, período que antecedeu a cirurgia, durante as orações e novena que fazia, pedi à Venerável Maria Felícia a sua ajuda para a  cura da doença e caso não fosse possível curar-me sem a cirurgia, que ela juntasse todas as células  cancerosas em um só bloco, possibilitando a retirada por completo da doença.
Após vários exames, no dia 22 de março, fiz de emergência uma delicada e perigosa cirurgia, onde foram retiradas partes de cinco órgãos,  todos comprometidos com a doença. Na cirurgia perdi o baço, a cauda do pâncreas, um terço do estômago, 30 centímetros do intestino e parte do diafragma, que estavam todos agrupados em um bloco de 31 x 24 centímetros.
Conforme o meu pedido que fiz à Venerável Maria Felícia, as células cancerosas estavam todas aglutinadas e unidas,  possibilitando a retirada em um só bloco.
 Graças a Serva de Deus Maria de Jesus Sacramentado – Carmelita descalça, que pedi intercessão, hoje estou curado.

Irei, assim que puder, fazer uma visita ao túmulo da Venerável Maria Felícia, para agradecer pela sua intercessão e pela graça de ter novamente saúde e estar curado da doença. Em reconhecimento às Irmãs Carmelitas de Santo Ângelo, pela orações e novenas que fizeram nesta intenção, pretendo convidar algumas das irmãs Carmelitas que quiserem me acompanhar, para juntos agradecermos a graça recebida.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Relato de uma visita inesquecível

Se alguns ainda não a conhecem, logo que conhecerem pelo menos alguns aspectos da vida desta jovem carmelita não poderão menos que gostar dela.
Eu a conheci e gostei tanto, não tem como não se sentir tocado, não tem como não se encontrar e identificar com algum aspecto da sua personalidade. Ela é tão atual, seus conflitos revelam a face de uma jovem apaixonada por Jesus, mas que também conheceu o amor humano e soube vive-lo.
Eis uns poucos dados, que partilho com vocês queridos leitores, com o intuito de não guardar para mim aquilo que me fez tanto bem, desejo que ela os cative também, e lhes revele o rosto de Deus e as exigências do amor verdadeiro.
Maria Felícia Guggiari nasceu no Paraguai em 1925. Ela é a primogênita de 7 irmãos, com os quais sempre teve um bom relacionamento, todos muito unidos e amigos. Destes 7 ainda vivem 4 irmãs, cujas fotos estão colocadas mais abaixo.
Ela é familiarmente conhecida pelo apelido de "Chiquitunga", o qual desde criança o pai lhe deu devido ao seu tamanho, pois era miudinha.
De sua infância recolhemos uma lembrança que sua mãe Dona Arminda sempre guardou na memória: "Um dia de muito frio, Chiquitunga voltou da escola tremendo de frio porque tinha dado seu agasalho (um sobretudo dado pelo pai) a uma menina pobre. Sua mana denunciou-a aos pais, e às repreensões do pai ela respondia 'vês paizinho, que não sinto frio! Repetia, passando as mãozinhas pelo braço nu e tiritante"
 Aos 16 anos ingressou na Ação Católica, onde com empenho dedicou-se à propagação do Evangelho, não somente com palavras, mas principalmente por atos no serviço aos mais necessitados. Sua vida está repleta de gestos que transparecem sua intensa intimidade com Deus cultivada na oração e na Eucaristia, como por exemplo o fato de percorrer de bicicleta toda a cidade de Assunção, com um pequeno mapinha, para ir ao encontro dos irmãos, visitando-os em suas casas, fazendo-se tudo para todos, a fim de conquistá-los para Cristo. Ela conversava com eles acerca de suas preocupações, seus anseios, os escutava, os aconselhava, era muito simples, conseguia chegar ao coração. Sempre vestindo um guarda-pó branco, para se sentir mais próxima de seu povo, o sorriso na flor da pele, as tranças entrelaçadas com fita azul, o jasmín colocado na altura do peito...
Na Ação Católica encontrou um ideal e um objetivo que orientou toda a sua vida, ali fez também a sua consagração ao apostolado, assumindo vários cargos, entre os operários e operárias, entre os jovens universitários e operários, entre as crianças,  idosos, doentes... a vemos atuando em tudo o que possa render mais tarde frutos de cristianismo, por isso procurava sempre novos campos de trabalho,  ela tinha o desejo de estar toda inteira em todos os lugares.
Dormia muito pouco, devido a que tinha também que dar conta do seu trabalho e dos estudos, pois formou-se professora e como tal trabalhava. Em altas horas da noite a casa toda dormia, mas ela continuava escrevendo ou rezando. Como estudante permanecia durante a noite preparando, à luz de uma velinha, as aulas de prática de suas companheiras.
O irmão "Freddy" (agora falecido) contava uma anedota: Voltando ele da faculdade a encontrava rezando com os braços em cruz. E como eram muito amigos os dois, ele para brincar ia tirando a gravata, e a colocava pendurada em um dos braços da mana, logo o cassaco, depois a camisa. Ela sorria e dirigia-lhe um olhar tão doce, como perguntando: Tu me fazes isto?

Maria Felícia, a apóstola por excelência, se encontra com um jovem dirigente da AC com quem comparte o mesmo ideal: Angel Sauá; juntos trabalham, se apoiam mutuamente no apostolado, percorrem os bairros mais pobres, assistem os irmãos. O natural teria sido que dita relação terminasse em matrimônio, porém não foi assim. Em um ato de heroísmo sem par se separam empreendendo ele o caminho do sacerdócio e ela o da vida religiosa. Em seu diário ela escrevia: "Muitas vezes tinha concebido isto que agora, Senhor, é maravilhosa realidade: que lindo seria ter um amor e juntos imolá-lo ao Senhor em prol do ideal".
Sua maturidade é tão grande que numa das cartas escritas a Sauá, após uma jornada de serviço aos irmãos e que culminou com a chegada de ambos ao hospital para doar sangue a uma anciã, ela confessa "o nosso sangue, que podia unir-se no corpo de um filho, se uniu hoje no corpo de um pobre..."
Em seu desejo de viver o seu lema "tudo te ofereço, Senhor" se pergunta onde seria o lugar dessa entrega total.
Mas o Senhor é o seu guia, e é Ele que conduz os passos de seus filhos conforme sua vontade. Ele levou-a a encontrar-se com a priora do Carmelo de Assunção, Madre Teresa Margarida que estava hospitalizada. Chiquitunga encontrou nela uma verdadeira mãe, que a ajudou no difícil processo de imolar o seu amor e também a guiou no momento de dúvidas que estava vivendo. E é esta monja que aprendeu a conhece-la, que ouviu os seus segredos, os reveses de sua alma, as suas angustias, mas também presenciou os momentos de alegria, conheceu a heroicidade de seu coração generoso e maravilhosamente humano.
No mês de janeiro saiu de um retiro, decidida a entregar-se inteiramente a Deus como Carmelita Descalça, contudo pela frente tinha uma dolorosa batalha, pois a tarefa de convencer o pai não foi fácil, e embora sendo maior de idade o respeito por ele era tão grande, que não queria tomar uma resolução sem o seu consentimento.
Superados com a graça de Deus todos os obstáculos, ingressou no Carmelo no dia 2 de fevereiro. A Madre Teresa Margarida resumiu em poucas palavras a atitude de Maria Felícia desde o principio de sua vida religiosa: "grande espírito de sacrifício, caridade, generosidade, todo envolvido em grande mansidão e comunicativa alegria, sempre vivaz e brincalhona".
Antes da toma de hábito uma nova prova invade a sua alma; questiona-se se seria vontade de Deus que ela se encerra-se toda a vida, havendo tanta necessidade de evangelização no mundo. Uma vez conhecida a vontade de Deus, vestiu o hábito e começou o noviciado com alegria. Fez sua profissão temporária no ano seguinte, em 15 de Agosto de 1956.
3 anos mais tarde, no dia do enterro de sua irmã querida "Mañica", que faleceu devido a uma hepatite, a família toda fica sabendo que a filha religiosa foi acometida do mesmo mal. Logo de examiná-la o mano médico, o Freddy, declarou a urgente necessidade de que fosse hospitalizada. Isto em janeiro de 1959.
Começa a Quaresma, o mal cedeu aparentemente e pôde reintegrar-se a sua querida comunidade, porém poucos dias depois, após uma nova revisão lhe diagnosticaram "púrpura" e foi novamente hospitalizada.
Permaneceu no hospital até o dia de sua morte. estar longe de seu convento representava para ela uma grande mortificação. contudo, viveu seus últimos dias em total abandono à vontade de Deus. Antes de entregar seu espírito a Deus pede que lhe leiam um poema de S. Teresa "Morro porque não morro".
Dirige-se a seu pai, pois toda a família está junto de seu leito, e lhe diz: 'paizinho querido, sou a pessoa mais feliz do mundo! Se soubesses o que é a religião Católica", e acrescenta, sem apagar-se o sorriso de seus lábios: "Jesus, te amo! Que doce encontro! Virgem Maria".
Dirigiu umas palavras de consolo aos seus familiares, entre eles ao Freddy, que a estava tratando como médico e entregou sua alma ao Criador.


Todos estes testemunhos pudemos ouvi-lo 3 irmãs deste nosso Carmelo, a viva voz, por parte de 3 irmãs de sangue da venerável que moram em Assunção e também por parte das monjas do Carmelo de Assunção. Ir. Paula, Ir. Ivone e eu (Ir. Milagros) tivemos a graça de visitar o Carmelo de Chiquitunga, conhecer Ir. Ana Maria, a colega de noviciado da Venerável e a única que ainda sobrevive da geração que com ela conviveu. Tivemos a imensa graça de rezar junto ao seu túmulo e ver as relíquias de Maria Felícia, entre elas o cérebro que se conserva incorrupto, os seus escritos, desenhos, cartas... Tivemos a grande graça de conhecer e conversar com Karitina, Magalí e Amarú, as 3 irmãs de Chiquitunga que moram no Paraguai (Mireya mora em Argentina).
Queremos agradecer aqui a acolhida de nossas queridas irmãs do Carmelo de Assunção, muito carinhosas e acolhedoras. Agradecer também as irmãs da Venerável, que se deslocaram até o Carmelo para que pudéssemos conhece-las e falar com elas.

Nossa pequena caravana foi pagar uma promessa. O Sr. Pedro, nosso amigo que estava com um grave câncer, pediu a intercessão da Venerável Maria Felícia para poder ser curado de sua doença, e vendo-se curado ele quis ir agradecer.
Eis algumas fotos de nossa viagem, toda uma travessia. Em 12 horas estivemos em 3 países, Brasil, Argentina e Paraguai.

Atravessando o rio Uruguai


Comunidade atual do Carmelo de Assunção, e nós três deste Carmelo de S. Ângelo



No locutorio com as irmãs de Chiquitunga

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Desafio

Convidamos você, que está lendo esta página, a conhecer Chiquitunga. Nas páginas acima poderá mergulhar de cheio na vida dela. Uma certeza temos, será impossível permanecer indiferente perante a candura, a alegria, a vitalidade desta jovem, Maria Felicia, uma militante de Ação Católica que desfraldou a bandeira do amor e, no Carmelo completou a sua imolação.
Seja amigo dela, convide-a para entrar em seu coração, em sua casa, em sua família e verá maravilhas. Depois, envie-nos seu testemunho!